Se dou sopa
Minha sopa dá letras.
(carolina uchoa)
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Escolhi a última barraca pela quantidade de mesas vazias, apenas duas estão ocupadas. Uma família com crianças alegres e bem comportadas ocupa uma. Na outra, um rapaz solitário bebe sua cerveja vestido de branco e um curioso chapéu panamá.
Sentei na mesa mais isolada. Bem próxima das ondas, buscando me sentir única ali.
Cá estou eu com meus miolos aflitos, tentando um minuto de solidão de frente para o mar, numa tentativa de refúgio defronte à maré, até que ...Ops! Me chega um japonês esguio e esquisito, simpático, mas esquisito: - Ôla , eu poder senta com ti?. Com um sorriso sem tempero e desarmado, tal o desespero, o coitado se balança: direita, esquerda, direita, esquerda. Com a cabeça inquieta, olhos fechadinhos e boca aberta, ele me olha, ainda sorrindo. Respondo um certo tempo depois - como boa observadora jamais poderia perder essa oportunidade - , com destreza e um inevitável sorriso: - Não, desculpa, digo, muito obrigada, mas é que, prefiro ficar só, tudo bem? Pausa. - Você entende? Conclui. Ele então fez sinal que sim e se foi, afinal. Que bom. Não sei, nem nunca vou saber qual o motivo da sua solidão aqui, porém a minha, sei que foi opcional. Desgustada, primorosamente curtida e saboreada gole a gole junto com esta cerveja - a segunda - que tenho à mesa. As nuvéns vermelhas que o vento leva, passam sobre minha cabeça tão rápido quando meus pensamentos. Essa cena, por exemplo, o japa não viu. Quantas vezes na semana paramos pra olhar pro céu ou qualquer coisa contemplativa parecida? Vou embora pra casa com a sensação de que, a melhor companhia que eu poderia ter hoje, era mesmo a minha.
(carolina uchoa)
Sentei na mesa mais isolada. Bem próxima das ondas, buscando me sentir única ali.
Cá estou eu com meus miolos aflitos, tentando um minuto de solidão de frente para o mar, numa tentativa de refúgio defronte à maré, até que ...Ops! Me chega um japonês esguio e esquisito, simpático, mas esquisito: - Ôla , eu poder senta com ti?. Com um sorriso sem tempero e desarmado, tal o desespero, o coitado se balança: direita, esquerda, direita, esquerda. Com a cabeça inquieta, olhos fechadinhos e boca aberta, ele me olha, ainda sorrindo. Respondo um certo tempo depois - como boa observadora jamais poderia perder essa oportunidade - , com destreza e um inevitável sorriso: - Não, desculpa, digo, muito obrigada, mas é que, prefiro ficar só, tudo bem? Pausa. - Você entende? Conclui. Ele então fez sinal que sim e se foi, afinal. Que bom. Não sei, nem nunca vou saber qual o motivo da sua solidão aqui, porém a minha, sei que foi opcional. Desgustada, primorosamente curtida e saboreada gole a gole junto com esta cerveja - a segunda - que tenho à mesa. As nuvéns vermelhas que o vento leva, passam sobre minha cabeça tão rápido quando meus pensamentos. Essa cena, por exemplo, o japa não viu. Quantas vezes na semana paramos pra olhar pro céu ou qualquer coisa contemplativa parecida? Vou embora pra casa com a sensação de que, a melhor companhia que eu poderia ter hoje, era mesmo a minha.
(carolina uchoa)
sábado, 22 de outubro de 2011
(Re)começo
Alegres meninos e meninas brincam na praia e correm pra ver o mar. Contemplo a cena com poesia, converso com iemanjá, faço versos, bebo um gole que me lubrifica inteira. Passa o siri, passa o luar, passa o garçon com sua simpatia. Só não passa meu penar e essa saudade devastadora da tua companhia, do teu silêncio sensato, das palavras insensatas.As ondas vêm e lavam a areia, numa incrível sinonia harmônica, como que para me mostrar que enfim, tudo pode recomeçar. Mais um gole.
(carolina uchoa)
(carolina uchoa)
Inverno em mim
Sinais de fogo
Bate em mim uma vontade de ti que
Entra e sai, entra e sai, gostoso.
(carolina uchoa)
Entra e sai, entra e sai, gostoso.
(carolina uchoa)
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Será???
Se a dúvida for mesmo o princípio da sabedoria, como afirma Aristóteles, então vamos considerar que eu sou a pessoa mais sábia do universo :).
Questionamentos me tormentam tanto, que mesmo em face do maior encanto, eu me derreto em perguntas vãs para o momento. Então tá.
(carolina uchoa)
Questionamentos me tormentam tanto, que mesmo em face do maior encanto, eu me derreto em perguntas vãs para o momento. Então tá.
(carolina uchoa)
Quarto qualquer
Noite acesa pela janela
De um quarto qualquer
De lado
De costas
De frente
De frente
Nua pra ti
Como a lua pra gente
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nordeste quente da peste!
Deixa minha cabeça em paz e
Beija meu corpo santo
Quero pensar em lilaz e
Brilhar em preto e branco
(carolina uchoa)
(carolina uchoa)
Acorda, Alice!
Se me vês assim tão cálida
Acorda, Alice!
Despe-te da vaidade pálida
Que te faz ridículo
Acorda, Alice!
Despe-te da vaidade pálida
Que te faz ridículo
domingo, 9 de outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
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