segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um espaço pode ser um ponto, como pode não ter ponto. O espaço que eu não determino, pois é indeterminável, vazio, oco, em branco é meu preferido, o qual inclusive, pode ser aquele. É nele onde eu habito e aproveito as possibilidades infinitas de seguir com meus passos.
(carolina uchoa)
Gosto do sim. Ignoro as impossibilidades, o improvável, o padrão patrão do mundo.
Não gosto dos atalhos estreitos.Trafego pelas vias largas, de preferência de mão dupla, para contar com a volta, pois sei que volta é giro. Volta não é revolta. E a cada giro somos outros. As mais belas danças se fazem com belas voltas.Vias largas e gigantescas, como as pistas de aeroportos. Pego velocidade e exercito meu poder de voar.

(carolina uchoa)

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mulher MELANcolia

ela tinha forma de melancia
e ria, ria, só ria
como se quisesse (se) partir
como se soubesse fingir
que na verdade o que queria
era ter posto de melodia
e formato de violão
ria
pra não chorar a dor
 do homem
em vez de tocar no amor.
(carolina uchoa)

Obra da lua

a lua desenha meus caminhos
tranforma meu passo em traço
pinta na minha janela

      ilumina tudo que eu faço
      sou o pincel dos seus quartos
      minha vida é sua tela
(carolina uchoa)
Hoje vou falar de amores
De amores de flores
Que desabrocham aos beijos
Pólen de desejos em cores


Hoje vou falar de flores
De flores de amores
Que desmontam as pétalas
Chão colorido de dores

Hoje vou falar da morte
Da morte do ontem
Que desemboca na vida
Aquarela nascida no agora

Hoje vou falar da vida
Da vida defronte
Que recomeça na eterna
Descoberta do sempre

Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era

Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era
mel
no meu
dia

melodia

Para Augusto de Campos

Eu

sou
eu
sou

Eu
e

(carolina uchoa)
Quando o sol acorda
Eu escureço
Quando ele dorme
Eu amanheço
Meu brilho é bronze
(carolina uchoa)
Caminhar
no aterro
enterra firme

o choro
livre
do amor enfermo
(carolina uchoa)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Choro do desapego

Então vai
Desaparece e vai
Não quero mais ouvir de ti
Das tuas histórias mesquinhas
Do teu passado dormente
Que late no meu presente

Então vai
Me amordaça e vai
Não quero mais dormir em ti
Nos teus abraços espinhos
Na tua passada pra trás
Que anda na minha frente

Então vai
Me desfalece e vai
Não quero mais olhar pra ti
Nos teus olhos bandidos
Na tua boca maldita
Que a minha vontade sente

Então vai

Me desmonta e vai
Não sou mais aquela tonta
Dos teus sonhos falidos
Dos teus dias vencidos
Que acabam com os meus
Então vai
Não
Então
(carolina uchoa)Não vai

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Colo de pai e mãe não tem preço
Parece um ninho
Um berço
(carolina uchoa)