A
morte assusta. Dá dó. Dá dor. Quando coletiva coleta horror de
multidão. Mutila sonhos. Forma rios de lágrimas em mutirão. Muitos irão
morrer sem parar de bater. Batidão de morte é sorte do azar. Asas à
juventude que lança brasas de alegria. Dança que eu danço. Morre que eu
morro. Morro inteiro morre junto. Juntos na pista das pistolas de fogo.
Fogo de show pirotécnico. Pira geral: músico, povo, bombeiro. Bomba de
asfixia. Fixa o fim. Esvazia a gente de vida. Estamos ocos. Loucos.
Poucos. Quase nada, não fossem os restos.
(Carolina Uchôa)
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