domingo, 30 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Revista Ilustrada - 4 poemas - 12/12
http://www.sallorenzo.com.br/revista/edicoes/dezembro2012/index.html
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Em homenagem à vovó Júlia
Quando nós, ainda curumins
nos damos conta do que somos
E do que os outros são para nós
Constatamos que tem alguém
que se vem com tudo que tem
Dá-nos, nada menos, que sua trajetória.
E quando esse mesmo alguém se vai
Leva tudo isso e um tanto mais
Leva-nos junto, embora não defunto
Leva consigo a nossa melhor memória
Senhora de todas as outras
A do riso mais bem rido
A dos pés no chão do jardim mais florido
A do choro mais chuvoso
A do pedaço de bolo mais gostoso
A do toque mais zeloso que acalenta e pretege de fantasmas
No tempero jamais tido
que, embora tentemos
Jamais teremos conseguido chegar lá
Quando esse alguém se vai
Leva pra sempre
Toneladas de histórias
Que sobram nostálgicas
Para póstumas palavras como estas surgirem
E não há mais nada que possa ser feito
Nem o bife acebolado
Nem o bolo perfeito
Nem o feijão queimado que dá certo
Nem um canto nosso no seu leito
Nem a gargalhada engraçada que nos faz cócegas
Nem o andar frágil que imprime heroismo
Nem as lentes tiradas do fundo das garrafas do quintal
Postas em armação qualquer
Nem as anáguas pra gente brincar de ser mulher
Nem as pitombas nos alvos lençois do abril esperado
Nem a gentileza ampliada
Apurada e extraída da humildade de toda uma vida
Nem um dia a mais pra falar da importância desse todo poderoso amor que nos fez como somos ou como queremos ser ou como precisamos ser...
Diga o seu amor enquanto há. Não espere deixar de haver.
Eu disse o meu inúmeras vezes
E daria tudo pra dizer mais.
(carolina uchoa)
nos damos conta do que somos
E do que os outros são para nós
Constatamos que tem alguém
que se vem com tudo que tem
Dá-nos, nada menos, que sua trajetória.
E quando esse mesmo alguém se vai
Leva tudo isso e um tanto mais
Leva-nos junto, embora não defunto
Leva consigo a nossa melhor memória
Senhora de todas as outras
A do riso mais bem rido
A dos pés no chão do jardim mais florido
A do choro mais chuvoso
A do pedaço de bolo mais gostoso
A do toque mais zeloso que acalenta e pretege de fantasmas
No tempero jamais tido
que, embora tentemos
Jamais teremos conseguido chegar lá
Quando esse alguém se vai
Leva pra sempre
Toneladas de histórias
Que sobram nostálgicas
Para póstumas palavras como estas surgirem
E não há mais nada que possa ser feito
Nem o bife acebolado
Nem o bolo perfeito
Nem o feijão queimado que dá certo
Nem um canto nosso no seu leito
Nem a gargalhada engraçada que nos faz cócegas
Nem o andar frágil que imprime heroismo
Nem as lentes tiradas do fundo das garrafas do quintal
Postas em armação qualquer
Nem as anáguas pra gente brincar de ser mulher
Nem as pitombas nos alvos lençois do abril esperado
Nem a gentileza ampliada
Apurada e extraída da humildade de toda uma vida
Nem um dia a mais pra falar da importância desse todo poderoso amor que nos fez como somos ou como queremos ser ou como precisamos ser...
Diga o seu amor enquanto há. Não espere deixar de haver.
Eu disse o meu inúmeras vezes
E daria tudo pra dizer mais.
(carolina uchoa)
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
domingo, 16 de setembro de 2012
Ela e eles
Me ensinaram primeiro
A viver o momento
e não os tormentos
A contar os passos dados
e não só os passados
A brindar os louros
e não só os tesouros
A amar as pessoas
E não as coisas
A passar bem pela vida
e não de mal com ela
A viver o momento
e não os tormentos
A contar os passos dados
e não só os passados
A brindar os louros
e não só os tesouros
A amar as pessoas
E não as coisas
A passar bem pela vida
e não de mal com ela
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Homem-bomba - Culturall
http://culturall.com.br/2012/09/07/homem-bomba/
Estamos na era bombástica, ou melhor, fantástica dos avanços tecnológicos, científicos, astronômicos, políticos cujo rítmo ultra acelaredo acaba deixando pra trás outros avanços de suma importância para a (boa) vida na terra: Os de aspecto ideológico. Levantando assim, armas letais contra a própria razão de "ser racional", desconsiderando e ameaçando princípios morais, artes, religiões e sentimentos nobres que permeiam (ou pelo menos deveriam) a natureza humana. Constato uma triste realidade na qual vivemos e seguimos calados, muitas vezes pelo individualismo e falta de interesse por questões alheias , outras - menos comuns - por ignorância e falta de acesso à informação. Logo, o que está claro é que, a medida que o homem adquire conhecimento, se torna menor seu coração. E sua ideia de coletividade, sociedade, humanidade, se perde nos impulsos materialistas insanos ou na sua equivocada sensação de superioridade sobre seus semelhantes. Isso por que o "super homem" do século XXI não inventou, ainda, uma máquina de amor, nem uma aula de bons costumes e respeito, nem um aplicativo que estimule o perdão e a generosidade entre os jovens, nem um site de relacionamentos sem "redes'de intrigas, nem um sistema operacional anticorrupção com detector de má indole.
Em plena era digital, os massacres e negocídios estão presentes em toda parte, fazendo-nos lembrar os ataques raciais do século passado, conhecido e mencionado nos livros de história como "século do totalitarismo e dos genocídios", quando em diversos lugares no mundo, muita gente viveu anos de terror em massacres e extermínios cuja principal motivação ideológica era o "racismo", como se a raça humana não fosse uma só.
Inúmeras tentativas, deliberadas e sistemáticas - sendo perpetradas em diversas partes do mundo e em vários períodos da história, inclusive recente- de exterminar povo inteiro, de apagar seus sinais e raízes culturais, folclóricos, lingüísticos e religiosos.
Fica meu desabafo de dor e vergonha, pelo recente genocídio irreparável praticado na aldeia indígena yanomami Irotatheri, localizada nas cabeceiras do Rio Ocamo, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O ato vergonhoso e desumano foi praticado no início do mês de julho /2012, onde cerca de 80 índios yanomami foram mortos , provavelmente, por garimpeiros brasileiros. Mais um para a história do povo yanomami, que sofreu em 1993, um ataque - covarde e brutal- parecido, com repercussão internacional - O Massacre de Haximu.
Não posso deixar de falar no sofrimento da Síria, com milhares de pessoas morrendo a cada dia, por interesses políticos e mesquinhos.
Neste ponto, definitivamente, não evoluímos. Pelo contrário. Estamos caminhando na contra-mão do bom senso, da coletividade, do mundo que sonhamos para os nossos filhos, quando não temos a capacidade de dar exemplos práticos e pertencemos a uma sociedade arcáica no que se refere ao bem comum e ao respeito com a dignidade do próximo.
Estamos fabricando homens-bombas e praticando "negocídios"!
Estamos na era bombástica, ou melhor, fantástica dos avanços tecnológicos, científicos, astronômicos, políticos cujo rítmo ultra acelaredo acaba deixando pra trás outros avanços de suma importância para a (boa) vida na terra: Os de aspecto ideológico. Levantando assim, armas letais contra a própria razão de "ser racional", desconsiderando e ameaçando princípios morais, artes, religiões e sentimentos nobres que permeiam (ou pelo menos deveriam) a natureza humana. Constato uma triste realidade na qual vivemos e seguimos calados, muitas vezes pelo individualismo e falta de interesse por questões alheias , outras - menos comuns - por ignorância e falta de acesso à informação. Logo, o que está claro é que, a medida que o homem adquire conhecimento, se torna menor seu coração. E sua ideia de coletividade, sociedade, humanidade, se perde nos impulsos materialistas insanos ou na sua equivocada sensação de superioridade sobre seus semelhantes. Isso por que o "super homem" do século XXI não inventou, ainda, uma máquina de amor, nem uma aula de bons costumes e respeito, nem um aplicativo que estimule o perdão e a generosidade entre os jovens, nem um site de relacionamentos sem "redes'de intrigas, nem um sistema operacional anticorrupção com detector de má indole.
Em plena era digital, os massacres e negocídios estão presentes em toda parte, fazendo-nos lembrar os ataques raciais do século passado, conhecido e mencionado nos livros de história como "século do totalitarismo e dos genocídios", quando em diversos lugares no mundo, muita gente viveu anos de terror em massacres e extermínios cuja principal motivação ideológica era o "racismo", como se a raça humana não fosse uma só.
Inúmeras tentativas, deliberadas e sistemáticas - sendo perpetradas em diversas partes do mundo e em vários períodos da história, inclusive recente- de exterminar povo inteiro, de apagar seus sinais e raízes culturais, folclóricos, lingüísticos e religiosos.
Fica meu desabafo de dor e vergonha, pelo recente genocídio irreparável praticado na aldeia indígena yanomami Irotatheri, localizada nas cabeceiras do Rio Ocamo, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O ato vergonhoso e desumano foi praticado no início do mês de julho /2012, onde cerca de 80 índios yanomami foram mortos , provavelmente, por garimpeiros brasileiros. Mais um para a história do povo yanomami, que sofreu em 1993, um ataque - covarde e brutal- parecido, com repercussão internacional - O Massacre de Haximu.
Não posso deixar de falar no sofrimento da Síria, com milhares de pessoas morrendo a cada dia, por interesses políticos e mesquinhos.
Neste ponto, definitivamente, não evoluímos. Pelo contrário. Estamos caminhando na contra-mão do bom senso, da coletividade, do mundo que sonhamos para os nossos filhos, quando não temos a capacidade de dar exemplos práticos e pertencemos a uma sociedade arcáica no que se refere ao bem comum e ao respeito com a dignidade do próximo.
Estamos fabricando homens-bombas e praticando "negocídios"!
terça-feira, 28 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
segunda-feira, 4 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
Des-apontando a seta
quarta-feira, 2 de maio de 2012
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Hoje é dia de amadinho
Sou curumim da selva
Meu pulmão é o lavrado
Bicho de nove cabeças
Amazônia de pés descalços
Sou pajezinho da minha aldeia
Seu oriente é o meu reinado
Filho de onça, nasci pintado
De makunaima sou neto e fã
Muito prazer, estou aqui pra dizer
Que vim do cio da minha tribo
Meu sobrenome é phoda
Meu nome é Tauã
(carolina uchoa)
Meu pulmão é o lavrado
Bicho de nove cabeças
Amazônia de pés descalços
Sou pajezinho da minha aldeia
Seu oriente é o meu reinado
Filho de onça, nasci pintado
De makunaima sou neto e fã
Muito prazer, estou aqui pra dizer
Que vim do cio da minha tribo
Meu sobrenome é phoda
Meu nome é Tauã
(carolina uchoa)
Hoje acordei de pá virada. Pratiquei uns excercícios de respiração na tentativa de sucumbir a tensão, mas nada!Nesses casos, o melhor é (re)correr ao velho e bom amigo cafezinho. Aaahh, que delícia! É incrível o poder de transformação, transmutação, dilatação dos poros, alívio nas cordas vocais e tudo mais que esse pretinho gostoso proporciona, né? Agora que estou devidamente cafeinada, deixo pra depois a historinha que virou minha pá...
Por enquanto, deixa a pá lá!
(carolina uchoa)
Por enquanto, deixa a pá lá!
(carolina uchoa)
quarta-feira, 28 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Tic tac
Se eu pudesse voltar no tempo, ainda assim não voltaria. Porque tudo que vivi me foi válido, mesmo os dias mais pálidos me clarearam questões nevoadas. Porque tudo o que tenho pra fazer hoje, só pode ser feito da forma que quero agora, agora. Porque meu hoje é muito precioso pra ser trocado pelo "ontem".
segunda-feira, 19 de março de 2012
Sejamos leves
Sejamos breves nas interferências "sonoras" das melhores frequências
Sejamos poucos para sermos muito
Sejamos menos cada vez mais nas entranhas desse universo estranho
Sejamos crias da criatividade no deserto de nós mesmos
Sejamos nós mesmos no mundo dos outros
Sejamos olheiros só dos nossos fundos
Sejamos gostosos por todas as partes
Sejamos "um" por que mais é demais
Sejamos pra vida o que a brisa é
Um indiscutível gostinho de "quero mais"
(carolina uchoa)
Sejamos breves nas interferências "sonoras" das melhores frequências
Sejamos poucos para sermos muito
Sejamos menos cada vez mais nas entranhas desse universo estranho
Sejamos crias da criatividade no deserto de nós mesmos
Sejamos nós mesmos no mundo dos outros
Sejamos olheiros só dos nossos fundos
Sejamos gostosos por todas as partes
Sejamos "um" por que mais é demais
Sejamos pra vida o que a brisa é
Um indiscutível gostinho de "quero mais"
(carolina uchoa)
Com a coragem de um leão
Ele defende sua casa
Como se fosse grandão
Beleza das minhas manhãs
Vem chegando sorrateiro
O nome dele eu não sei
Mas sei que é fiel e ligeiro
Pressentindo o triunfo
De pequenos filhotinhos
Traz uma a uma
Palha, galha, pluma
Cantando enquanto trabalha
Vai dando forma ao ninho
Meu companheiro de asas
Meu amigo passarinho
Ele defende sua casa
Como se fosse grandão
Beleza das minhas manhãs
Vem chegando sorrateiro
O nome dele eu não sei
Mas sei que é fiel e ligeiro
Pressentindo o triunfo
De pequenos filhotinhos
Traz uma a uma
Palha, galha, pluma
Cantando enquanto trabalha
Vai dando forma ao ninho
Meu companheiro de asas
Meu amigo passarinho
quinta-feira, 15 de março de 2012
dia 23 de março de mil novecentos e blau
eu nasci assoviando
dormi em berço de música
mamei em tetas de letras
arrotei pequenas palavras
comi pratos de poemas
soltei puns di-versos
Né brincadeira não, seu moço. Nove luas, dois sóis, estrela que cansa de brilhar e cai, ônibus com gente flutuante e sem cobrador. Com espaço ilimitado, pontuado e desapontado vorazmente, o céu, coitado, recebe diariamente, tal qual um lixão imaginário, ideias, deuses e diabos, santos - de pau oco ou de causas impossíves-, pastores e fieis sem troco. E como se não bastasse, tem lote de tudo que é jeito e valor, pra quem quer amarrar o bode depois que bater as botas e daqui se for. Se nele tivesse tudo que o homem tenta editar, seria melhor que o céu fosse a terra,pois a terra do jeito que está, vai parar no inferno. E o bicho homem, seu moço...Ah, esse mal sabe o que faz, depois de tudo acabado vem todo desconfiado e bota a culpa no satanás
(carolina uchoa)
(carolina uchoa)
Sertão bão
Nesse calor da gôta
Do sertão do nordeste
Num tem nada o que fazê
Na falta de um cantadô
Nóis brinca de cabra da peste
Ela faz meu pau de arara
E eu sou seu beija-flô...
Do sertão do nordeste
Num tem nada o que fazê
Na falta de um cantadô
Nóis brinca de cabra da peste
Ela faz meu pau de arara
E eu sou seu beija-flô...
quarta-feira, 14 de março de 2012
Pororoca no cio
Sou ribeirinha amazônida
Faço fuzarca, não faço festa
Quem faz onda é mar
Minha praia é de banzeiro
Comigo o barato é outro
Ninguém tira onda com rio
Senão a pororoca no cio
(carolina uchoa)
Faço fuzarca, não faço festa
Quem faz onda é mar
Minha praia é de banzeiro
Comigo o barato é outro
Ninguém tira onda com rio
Senão a pororoca no cio
(carolina uchoa)
Rabiscada sim, copada!
Copa é a cabana perfeita pros versos estreitos e sujos que rabisco nas sombras dos meus pântanos internos.
Vejo cenas podres que me cabem tão bem quanto um beloYves Saint Laurent. Outras lindas na simplicidade dos gestos cansados dessas senhorinhas gastas e vastas de histórias, tal qual os baús antigos que guardam a sete chaves e com zelo imenso, empoeirados como suas lembranças. As marcas no rosto traduzem a profundidade dos sonhos vividos, das amarguras encrustadas que se expõem nos olhos baixos já sem brilho, pintados pra maquiar a sorte de outrora.
E o mar assite os ventos passarem lentos, com seu movimento sonoro, quase lavando o tempo, quase banhando de sal meu pensamento.
Logo me deparo com Drummond, sempre ali disposto ao próximo. Certamente a tremedeira do mendigo manchado de chão, vêm gritar o fardo da falta do pão, do álccol vosso de cada dia, o passo em falso naquele momento em que tudo foi por terra, areia movediça de agonia..."Uma ajuda pelo amor de Deus!Qualquer dois real, qualquer dois real", clamava o moço de camisa "doada" por um militante qualquer. Sem saber que o poeta era sua alegria morta, mas viva de poesia e fé.
(carolina uchoa)
Vejo cenas podres que me cabem tão bem quanto um beloYves Saint Laurent. Outras lindas na simplicidade dos gestos cansados dessas senhorinhas gastas e vastas de histórias, tal qual os baús antigos que guardam a sete chaves e com zelo imenso, empoeirados como suas lembranças. As marcas no rosto traduzem a profundidade dos sonhos vividos, das amarguras encrustadas que se expõem nos olhos baixos já sem brilho, pintados pra maquiar a sorte de outrora.
E o mar assite os ventos passarem lentos, com seu movimento sonoro, quase lavando o tempo, quase banhando de sal meu pensamento.
Logo me deparo com Drummond, sempre ali disposto ao próximo. Certamente a tremedeira do mendigo manchado de chão, vêm gritar o fardo da falta do pão, do álccol vosso de cada dia, o passo em falso naquele momento em que tudo foi por terra, areia movediça de agonia..."Uma ajuda pelo amor de Deus!Qualquer dois real, qualquer dois real", clamava o moço de camisa "doada" por um militante qualquer. Sem saber que o poeta era sua alegria morta, mas viva de poesia e fé.
(carolina uchoa)
terça-feira, 13 de março de 2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
domingo, 4 de março de 2012
Hoje acordei cedo pra ir a feira livre da Glória, já que esta é a última (pelo menos por hora) como moradora do bairro (risos). Que delícia de céu nublado. Minha vista da janela é bucólica, balsâmica, inspiradora. Apesar de não gostar dos domingos, hoje o dia está simpático, ou pelo menos tenta ser. Quase me agrada.
Vou comprar goma/polvilho, pra fazer tapioquinhas para as minhas estimadas visitas. Pimentas também. Preciso de pimentas para engrossar o molho que preparei há semanas.
Ainda que simples, as pequenas aspirações de uma manhã de domingo me vêm como gotinhas de chuva, refrescando meu dia. Deve ser coisa de solidão. Não posso desamar a solidão. Em mim seu efeito é vasto de inspirações ...
Beijos matinais, cafeinados, apimentados.
(carolina uchoa)
Vou comprar goma/polvilho, pra fazer tapioquinhas para as minhas estimadas visitas. Pimentas também. Preciso de pimentas para engrossar o molho que preparei há semanas.
Ainda que simples, as pequenas aspirações de uma manhã de domingo me vêm como gotinhas de chuva, refrescando meu dia. Deve ser coisa de solidão. Não posso desamar a solidão. Em mim seu efeito é vasto de inspirações ...
Beijos matinais, cafeinados, apimentados.
(carolina uchoa)
sexta-feira, 2 de março de 2012
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Gosto do sim. Ignoro as impossibilidades, o improvável, o padrão patrão do mundo.
Não gosto dos atalhos estreitos.Trafego pelas vias largas, de preferência de mão dupla, para contar com a volta, pois sei que volta é giro. Volta não é revolta. E a cada giro somos outros. As mais belas danças se fazem com belas voltas.Vias largas e gigantescas, como as pistas de aeroportos. Pego velocidade e exercito meu poder de voar.
(carolina uchoa)
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Mulher MELANcolia
ela tinha forma de melancia
e ria, ria, só ria
como se quisesse (se) partir
como se soubesse fingir
que na verdade o que queria
era ter posto de melodia
e formato de violão
ria
pra não chorar a dor
do homem
em vez de tocar no amor.
(carolina uchoa)
e ria, ria, só ria
como se quisesse (se) partir
como se soubesse fingir
que na verdade o que queria
era ter posto de melodia
e formato de violão
ria
pra não chorar a dor
do homem
em vez de tocar no amor.
(carolina uchoa)
Obra da lua
a lua desenha meus caminhos
tranforma meu passo em traço
pinta na minha janela
ilumina tudo que eu faço
sou o pincel dos seus quartos
minha vida é sua tela
(carolina uchoa)
tranforma meu passo em traço
pinta na minha janela
ilumina tudo que eu faço
sou o pincel dos seus quartos
minha vida é sua tela
(carolina uchoa)
Hoje vou falar de amores
De amores de flores
Que desabrocham aos beijos
Pólen de desejos em cores
Hoje vou falar de flores
De flores de amores
Que desmontam as pétalas
Chão colorido de dores
Hoje vou falar da morte
Da morte do ontem
Que desemboca na vida
Aquarela nascida no agora
Hoje vou falar da vida
Da vida defronte
Que recomeça na eterna
Descoberta do sempre
Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era
Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era
De amores de flores
Que desabrocham aos beijos
Pólen de desejos em cores
Hoje vou falar de flores
De flores de amores
Que desmontam as pétalas
Chão colorido de dores
Hoje vou falar da morte
Da morte do ontem
Que desemboca na vida
Aquarela nascida no agora
Hoje vou falar da vida
Da vida defronte
Que recomeça na eterna
Descoberta do sempre
Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era
Por que
O sempre é espera
A vida é agora
O ontem já era
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Choro do desapego
Então vai
Desaparece e vai
Não quero mais ouvir de ti
Das tuas histórias mesquinhas
Do teu passado dormente
Que late no meu presente
Então vai
Me amordaça e vai
Não quero mais dormir em ti
Nos teus abraços espinhos
Na tua passada pra trás
Que anda na minha frente
Então vai
Me desfalece e vai
Não quero mais olhar pra ti
Nos teus olhos bandidos
Na tua boca maldita
Que a minha vontade sente
Então vai
Me desmonta e vai
Não sou mais aquela tonta
Dos teus sonhos falidos
Dos teus dias vencidos
Que acabam com os meus
Então vai
Não
Então
(carolina uchoa)Não vai
Desaparece e vai
Não quero mais ouvir de ti
Das tuas histórias mesquinhas
Do teu passado dormente
Que late no meu presente
Então vai
Me amordaça e vai
Não quero mais dormir em ti
Nos teus abraços espinhos
Na tua passada pra trás
Que anda na minha frente
Então vai
Me desfalece e vai
Não quero mais olhar pra ti
Nos teus olhos bandidos
Na tua boca maldita
Que a minha vontade sente
Então vai
Me desmonta e vai
Não sou mais aquela tonta
Dos teus sonhos falidos
Dos teus dias vencidos
Que acabam com os meus
Então vai
Não
Então
(carolina uchoa)Não vai
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Tão lindo Tão louco
Tua morada é aqui
nas minhas fantasias rasas
raras falas mudas
de orgias letradas
Sou culpa tua
assim como sou
assim como sou
desse querer incontrolável
de me exibir para o mundo
culpa tua essa gana cálida
culpa tua essa gana cálida
pelo prazer de todos
os dias
mais nada (carolina uchoa)
Se o pêndulo é apenas o elo entre o consciente e o inconsciente e ajuda a capacidade intuitiva na resolução de questões diversas e, digo mais, se usando o pêndulo você pode explorar a vastidão do multidimensional e infinita do mundo da energia e sintonizar o visível a milhares de quilômetros ou exato onde estiver, um bom copo de substância etílica qualquer pode ser considerado um pêndulo dos deuses. Concorda?
(carolina uchoa)
(carolina uchoa)
Crise de morte, vida de sorte
confronta a vida, vizinha mais forte
que parte pro embate
se renova, me debate
me ressucita, me acorda demente
caminha lentamente, aprendendo a lembrar.
O tempo sobra no meu esquecimento.Penso em nada. Vivo o momento.
(carolina uchoa)
verdade nua e crua
Te quero crua
A flor da pele morena
Casca de jambo madura
Cobertura macia
que se basta
Te quero nua
Vestindo apenas
minhas fantasias
(carolina uchoa)
domingo, 29 de janeiro de 2012
Amor , és de versos!
Hoje meus versos estão
submersos em poças
de chuva de dores
diversas.
(carolina uchoa)
submersos em poças
de chuva de dores
diversas.
(carolina uchoa)
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Tela de Kim Noble
o cinza do tempo em meu pensamento
fantasias submersas
eco lógico
fim
(carolina uchoa)
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Texto de Jr. Caçari
Tem dias que o choro amanhece na garganta
E o céu da boca, noturno, infinito..
Jorrando dos buracos enlarguecidos
Nos cursos d’água mais improváveis
Não é como tristeza ou saudade
É que sou amigo dos planetas.
Da vontade de abraçar o mundo
De fazer amizade
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